O segundo toque na terra

Com gratidão, faço uma reverência a todas as gerações de ancestrais da minha família espiritual. Vejo em mim o meu mestre, aquele que me aponta o caminho do amor e da compreensão, a maneira correta de respirar, sorrir, perdoar e viver intensamente no momento presente. Por meio dele vejo todos os mestres de muitas gerações, todos os bodhisattvas e o Buda Shakyamuni, aquele que iniciou minha família espiritual há 2.600 anos. Vejo o Buda como meu mestre e também como meu antepassado espiritual. Percebo que a energia dele e de muitas gerações de mestres penetraram em mim criando paz, alegria, compreensão e bondade amorosa. Sei que a energia do Buda operou uma profunda transformação no mundo. Sem o Buda e todos estes antepassados espirituais, eu não teria aprendido a praticar com a intenção de estabelecer a paz e felicidade em minha vida, na vida da minha família e na sociedade. Abro meu coração e meu corpo para receber a energia da compreensão, a bondade amorosa e a proteção do Buda, do dharma e da sangha por muitas gerações. Sou uma continuação do Buda, do dharma e da sangha. Peço a estes antepassados espirituais que me transmitam a infinita fonte de energia, paz, estabilidade, compreensão e amor. Comprometo-me a praticar para transformar o sofrimento em mim e no mundo e transmitir estas energias para as futuras gerações de praticantes.
Thich Nhat Hanh em "Ensinamentos sobre o amor".

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