Ajuda a Bat Nha - carta da irmã Chan Khong


Plum Village, 15 de Dezembro de 2009

Caros amigos,

   Por favor, perdoem-me por perturbá-los durante esse período sagrado de família e volta ao lar. Mas nossos monges e monjas de Bat Nha estão agora em uma situação semelhante à de Maria e do menino Jesus - sem saberem mais aonde buscar refúgio para praticarem e estarem juntos em segurança. Durante mais de três anos, nossos 379 monásticos viveram e praticaram sem serem perturbados no nosso Mosteiro Bat Nha (Prajna), no Vietnã, em terras de propriedade do Abade Thich Duc Nghi, oferecidas a nós. Desde então, vários prédios foram construídos, incluindo uma imensa Sala de Meditação, quatro residências para monjas e três residências para monges, utilizando milhares de contribuições de doadores generosos de todo o mundo, incluindo alguns de vocês. Embora tenhamos evidências suficientes de que esses prédios são propriedade nossa, devido à pressão governamental o Abade Duc Nghi retirou o seu apoio a nós e ordenou que deixássemos o nosso próprio mosteiro. Durante catorze meses, nossos pedidos de ajuda para reverter essa ação ilegal ficaram sem resposta. Como a situação mudou de mal pra pior, os nossos 379 monges e monjas muito jovens passaram por uma espécie de batismo de fogo e alcançaram um enorme êxito no treinamento para entender, aceitar e ter compaixão genuína por aqueles que os atacaram. Nos últimos meses, eles foram agredidos verbalmente por alto-falantes 24 horas por dia e ameaçados de serem açoitados até a morte. Policiais apareciam toda noite das 19h às 23h30 pedindo aos monásticos que se identificassem e o suprimento de eletricidade e de água deles foi cortado durante três meses. Depois, gangues pagas vieram na noite tempestuosa de 27 de Setembro de 2009 para expulsar à força e violentamente 147 monges, quebrar portas e janelas e atormentar as 232 monjas. Todos eles escaparam e buscaram abrigo no templo de Phuoc Hue. Em Phuoc Hue, os monges e monjas continuaram a ser molestados e o velho e compassivo abade desse templo, depois de muita resistência, também foi violentamente forçado a assinar uma carta expulsando nossos monásticos. A partir de 31 de Dezembro de 2009, esses irmãos e irmãs não terão lugar algum para ir e, em verdade, podem ser recrutados pelo governo para servir o exército. Mesmo se eles retornarem para os seus lares familiares é pouco provável que a perseguição cesse, a menos que eles abandonem os hábitos e vida monástica por completo.

   AGORA é o momento mais crucial para os nossos monges e monjas. Por favor, vá até o site http://www.thepetitionsite.com/6/religious-freedom-in-viet-nam e assine a petição. Esta é a segunda petição, não a que você assinou em Agosto de 2009. Por favor, assine e escreva para cinco amigos pedindo a eles que assinem, para atingirmos o maior número possível de assinaturas antes de 31 de Dezembro de 2009. Você intercedeu por mim, por nós, muitas vezes antes. Eu sei que posso contar com você, nesta hora de maior necessidade nossa.

Com nossas bençãos de todo coração e desejo de paz para você,

Irmã Chan Khong.


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