A origem do sofrimento.

   Quando contemplamos a impermanência, a doença, a velhice e a morte - e todos os outros aspectos de nosso precioso nascimento humano -, percebemos como temos uma fixação, como temos sido determinados e obstinados em nossa versão da realidade. É claro que essa fixação nos causa sofrimento e dor: quanto mais envolvidos estamos com nós mesmos, mais temos raiva, inveja e outras emoções traumáticas. Quanto mais procuramos a satisfação própria, com mais sofrimento terminamos, do menos ao mais extremo. Em todos os casos, o sofrimento resulta de algum tipo de intenção egoísta. Damo-nos conta de que temos agido dessa forma porque considerávamos que nossas emoções, nossos conceitos e nossos pensamentos eram reais. A meditação mostra que essas emoções são fundamentalmente ilusórias e vazias. Sentados, passamos horas contrariados, ansiosos, e ao final é como se tudo fosse um sonho. Fica claro para nós que esse simples mal-entendido trabalha contra nossa felicidade e nosso bem-estar.

Sakyong Mipham em "Fazer da mente uma aliada". 

P.S.: por gentileza, olhe fixamente para o centro da figura acima e veja como é fácil se iludir.   

Comentários

  1. Interessante o texto, tudo passa, criamos tanto sofrimentos, tanta coisa na nossa vida, tudo ilusão, imaginação, é bom parar meditar, e procurar no nosso interior ver com mais clareza a nossa vida.

    Fiquei tonta olhando a figura

    Um abraço

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  2. Cris,
    Obrigado por compartilhar a "busca à prajna". Também fiquei vendo tudo rodando ao olhar para a figura, rs.
    Um abraço.

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