Esforço correto também significa gerar estados mentais conscientes, tranquilos, saudáveis e integrados e mantê-los assim.
Todos nós conhecemos a máxima "Você pode conduzir um cavalo à água, mas não pode fazer com que ele a beba". Ficamos frustrados porque queremos que o cavalo beba e porque não está literalmente em nosso poder finalizar o trabalho que nos empenhamos em fazer por nós mesmos.
Muitas vezes insistimos num resultado específico. Supomos que o nosso objetivo será alcançado, se nos dedicarmos à tarefa diretamente, com determinação e bastante força de vontade. Queremos que aquela pessoa progrida, que o governo reduza os impostos, que o meio ambiente seja despoluído e que as guerras terminem.
Mas se você deseja despertar, esqueça os resultados. Em vez disso, observe a sua inclinição mental.
No que se refere ao buda-dharma, somos de fato o cavalo que está sendo conduzido à água. Eles indicam o caminho. Mas nós é que temos de beber. Esse trabalho é nosso.
As coisas podem ser indicadas, mas, se não as levarmos a sério - examinando-as com cuidado, testando-as com atenção, entendendo-as inteiramente e fazendo com que elas tragam vivacidade à nossa vida - não iremos despertar. Precisamos fazer esse esforço por nós mesmos.
Há muito mais coisas nessa metáfora. O cavalo está realmente com sede; e se o entendimento for suficiente forte, o cavalo beberá. Primeiramente, no entanto, o cavalo precisa reconhecer que é de água - algo de fácil alcance - que ele precisa. Caso contrário, ele irá definhar, mesmo estando ao lado da tina de água.
Nossa ignorância é tanta que a maioria de nós não percebe que está com sede; ou, se percebemos, procuramos água no lugar errado. Vamos em direção ao fogo procurando refrigério. Muitas vezes ficamos confusos acerca do que é de fato a nossa sede.
Steve Hagen em "Budismo claro e simples".
Comentários
Postar um comentário