O que é a felicidade?

  "Pouco a pouco, eu começava a reconhecer a fragilidade e o caráter efêmero dos pensamentos e das emoções que me haviam perturbado durante anos, e compreendia como, fixando-me nos pequenos aborrecimentos, eu os havia transformado em enormes problemas. Pelo simples fato de ficar assentado observando a que velocidade e, sob muitos aspectos, com que ilogismo meus pensamentos e minhas emoções iam e vinham, comecei a ver diretamente que eles não eram tão sólidos e reais quanto pareciam. Depois, logo que comecei a abandonar a minha crença na história que eles pareciam me contar, percebi, pouco a pouco, o 'autor' que se escondia por trás deles: a consciência infinitamente vasta, infinitamente aberta, que é a própria natureza da mente.
   Toda tentativa de descrever com palavras a experiência direta da natureza da mente é destinada ao fracasso. Tudo o que se pode dizer é que se trata de uma experiência infinitamente pacífica e, uma vez estabilizada por uma prática constante, é quase inabalável. É uma experiência de bem-estar absoluto que impregna todos os estados físicos e mentais, até mesmo aqueles que são normalmente considerados desagradáveis. Esse sentimento de bem-estar, independentemente das flutuações das sensações vindas do interior ou do exterior, é uma das maneiras mais claras de compreender o que o budismo entende por 'felicidade'."   

Yongey Mingyur Rinpoche.

Comentários

  1. Numa palavra: perfeito.

    O mais engraçado por trás desse "mistério" é o quanto as 'pessoas' (a mente samsárica) é rica em artifícios para auto-ludibriar-se de que há, de fato, uma 'grande lógica' e 'coerência' no seu mecanismo padrão. Rsrsrsrsrs.

    Para aqueles que 'teem olhos de ver', logo se vê que a coisa toda não funciona bem assim... O problema, é que, via de regra, as pessoas estão olhando no lugar errado! ;)

    Namastê!!!
    LJ.

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